Auditoria Cidadã
A AUDITORIA CIDADÃ DAS CICLOVIAS E CICLOFAIXAS DE SÃO PAULO avaliou, com o auxílio de mais de 100 voluntários, as condições de segurança e conservação dos 735,7 km da malha cicloviária da capital. Nesta página, você encontra o relatório completo, um mapa interativo com os resultados e todas as informações sobre o projeto — um dos destaques dos primeiros seis meses do mandato da vereadora Renata Falzoni. Boa leitura!
Navegue pelo Mapa dos Resultados
Diagnóstico completo da malha

Ao longo de seis meses, foram avaliados, ponto a ponto, os 735,7 km da malha cicloviária da capital, em cinco aspectos: condições da sinalização horizontal (pintura e tachões), largura, pavimento, situação das interseções e dos semáforos. O trabalho envolveu mais de cem ciclistas voluntários, além da equipe do próprio gabinete.
A tecnologia foi uma aliada fundamental no processo. Só a equipe de dados do mandato pedalou mais de 1.500 km, registrando imagens com câmeras 360°, enquanto os voluntários passaram por um treinamento e usaram seus próprios celulares para fotografar trechos da rede.
As imagens — mais de 59 mil — foram georreferenciadas a partir dos metadados, o que permitiu a construção de mapas precisos e completos da infraestrutura cicloviária. Além disso, o registro das câmeras 360º gerou uma espécie de Google Street View das ciclovias de São Paulo, que está online e aberto para consulta pública.
Os dados levantados revelam avanços importantes e fragilidades persistentes. A sinalização horizontal está em estado precário ou muito precário em 18% dos locais auditados. Já sobre o estado das interseções, 22% das 6.320 analisadas precisam de reparos urgentes, sobretudo nas periferias.
Em relação às 2.803 interseções com semáforo, 51% são consideradas seguras para ciclistas, enquanto as demais apresentam algum tipo de risco. Já sobre a largura das ciclovias, 16% precisam ser readequadas.
Na avaliação do pavimento, somente os trechos com problemas visíveis foram destacados. Para evitar subestimar o problema, não houve atribuição de nota para toda rede. Com base em observações de campo feitas pela equipe do gabinete e voluntários, 20,5% em estado muito precário, precário/ruim ou razoável.
Pela primeira vez, uma auditoria da malha cicloviária de São Paulo foi realizada pela equipe de um parlamentar. Esta é a terceira auditoria desse tipo na cidade, e chega com um olhar ampliado, trazendo análises inéditas sobre três pontos-chave: a largura das estruturas, a situação das interseções e a adequação dos semáforos para quem pedala.
As duas edições anteriores, conduzidas pela Ciclocidade em 2018 e 2022, tiveram impactos significativos: resultaram na requalificação de 240 km da rede entre 2019 e 2021 e na criação de um programa permanente de manutenção em 2023. A expectativa é que esta nova auditoria dê continuidade a esse legado, fortalecendo a política pública voltada à mobilidade ativa.
Mais do que mapear problemas, a Auditoria Cidadã busca gerar soluções. Os resultados já foram encaminhados à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e à Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), com o objetivo de subsidiar políticas públicas que fortaleçam a mobilidade ativa e incentivem a transição para modos de transporte mais sustentáveis.

A Auditoria em números:
LINKS/Produtos para baixar

1 – Relatório descrevendo os objetivos, métodos e resultados principais do levantamento
(baixe o PDF) (Ver ONLINE)
2 – Mapa online resumitivo, com os resultados principais e fotografias de campo.
( Ver o Mapa )
3 – Navegação online de toda a malha cicloviária existente no modo street view, disponível na plataforma aberta Mapillary
( Acessar o Mapillary )
4 – Dados abertos (shapefile) para abrir no QGIS/R
(baixe os arquivos)
5 – Publicação dos códigos dos scripts utilizados na plataforma GitHub
( Acessar GitHub )
Todos os produtos resultantes da Auditoria Cidadã 2025 são publicados de forma aberta, sob licenças de uso que estão em conformidade com a definição de cultura livre pela Open Knowledge Foundation: “o conhecimento é aberto se qualquer pessoa puder acessá-lo, usá-lo, modificá-lo e compartilhá-lo livremente — sujeito, no máximo, a medidas que preservem sua proveniência e abertura” (OKFN, s.d.; s.d.).
