Dormir é uma necessidade básica de saúde, mas, em São Paulo, a Prefeitura segue autorizando obras públicas em vias — como recapeamentos — apenas durante a noite e a madrugada. O resultado? Marteladas, britadeiras e máquinas pesadas tirando o sono da população.
Para enfrentar esse problema, a vereadora Renata Falzoni protocolou um Projeto de Lei que proíbe obras barulhentas entre 21h e 7h, garantindo que o descanso dos paulistanos seja uma prioridade.
Trânsito não pode ser desculpa para prejudicar a população
A justificativa oficial para manter as obras nesse horário é a de sempre: evitar impacto no trânsito. Mas a solução para a mobilidade urbana não passa pelo barulho na madrugada, e sim pelo planejamento. “Precisamos investir em transporte público de qualidade, criar rotas alternativas e reduzir a dependência do carro. Esse é o caminho para uma cidade que funcione para todos”, destaca Falzoni.
Privação de sono é um problema de saúde pública
O impacto da poluição sonora durante a noite vai além do incômodo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a privação de sono está associada ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, irritabilidade e dificuldades de concentração.
Ou seja, obras de madrugada não atrapalham apenas o descanso, mas também a saúde da população. O Projeto de Lei agora segue para tramitação na Câmara Municipal de São Paulo.


