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Falzoni apresenta 25 emendas à LDO com foco em mobilidade, meio ambiente e justiça urbana

Propostas foram entregues pessoalmente ao relator do projeto, vereador Major Palumbo

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vai entrar em segunda e última votação no Plenário da Câmara Municipal de São Paulo, e o mandato da vereadora Renata Falzoni apresentou ao relator da LDO, o vereador Major Palumbo, 25 emendas. As propostas abrangem desde melhorias na mobilidade ativa até a proteção de áreas verdes, passando por ações concretas contra obras prejudiciais à cidade. 

O que é a LDO?

A LDO, ou Lei de Diretrizes Orçamentárias, é o instrumento legal que define as prioridades da cidade para o próximo ano. Ela serve como elo entre o Plano Plurianual (PPA), que estabelece metas de médio prazo, e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que define o orçamento efetivo.

Ou seja, é na LDO que se decide o que pode — ou não — entrar no orçamento da cidade. E é também onde o mandato atua para garantir quea cidade caminhe rumo a soluções mais humanas e sustentáveis.

Conheça as emendas propostas:

Mobilidade ativa e segurança viária

Entre as propostas apresentadas, várias tratam da urgência em melhorar a segurança no trânsito e fortalecer a mobilidade por bicicleta e a pé:

1 – Reduzir o número de mortes no trânsito para 3 a cada 100 mil habitantes até 2028

2 – Ampliar a malha cicloviária para 1.400 km e garantir a manutenção de 50% das ciclovias existentes

3 – Aumentar em 4% a participação da bicicleta no total de viagens realizadas na cidade.

4 – Renovar 2 milhões de m² de calçadas em todas as Subprefeituras.

5 – Realizar um projeto-piloto do programa BikeSP com 10 mil pessoas.

6 – Exigir que obras em terminais garantam bicicletários, conforme já previsto nos contratos da PPP.

Clima e áreas verdes

Com os impactos das mudanças climáticas, as emendas também propõem ações concretas para proteger o meio ambiente urbano:

7 – Criação do Programa Vagas Verdes, que transforma áreas de estacionamento em microambientes naturais;

8 – Entrega de 8 novos parques e 24 unidades de conservação, priorizando regiões mais vulneráveis;

9 – Revitalização de 50 parques com foco ambiental e social.

Mais fiscalização

A falta de pessoal e estrutura em áreas essenciais também foi contemplada nas emendas:

10 – Recomposição de 1.500 cargos na CET, com concursos, incluindo o cadastro reserva;

11 – Reforço à equipe e ao treinamento de fiscais para fortalecer o PSIU (Programa de Silêncio Urbano).

Barrar obras que ferem a cidade

Duas emendas propõem barrar obras que, segundo o mandato, geram mais prejuízos do que benefícios para São Paulo:

12 – Suspensão do túnel Sena Madureira, que prevê o corte de dezenas de árvores e o desalojamento de famílias da comunidade Souza Ramos;

13 – Cancelamento do alargamento da Rua Ribeirão Claro, que poderá agravar o tráfego e reduzir a qualidade de vida da região.

Transporte público e corredores

O transporte coletivo também foi alvo de propostas para modernização e expansão:

14 – Substituição de 5.525 ônibus movidos a diesel por veículos com energia limpa.

15 – Início das obras do novo Terminal Perus, integrado à Linha 7-Rubi da CPTM.

Ampliação de faixas exclusivas de ônibus nas Avenidas:

16 – Amador Bueno (Zona Leste)

17 – Imirim (Zona Norte)

18 – Interlagos (Zona Sul)

19 – Requalificação dos corredores de ônibus da Avenida Itapecerica

20 – Prolongamento da Avenida Imperador até a José Aristodemo Pinotti, melhorando conexões viárias e cicloviárias.

Mudanças ou inclusão de texto na LDO

21 – Eliminar as desigualdades sociais, raciais e territoriais a partir de um desenvolvimento econômico sustentável e do enfrentamento das mudanças climáticas, levando em conta as necessidades de mitigação e adaptação, principalmente, nos territórios mais vulneráveis.

22 – Cria o princípio da justiça climática na gestão pública, garantindo à inclusão de preocupações climáticas e justiça social na gestão financeira da cidade, direcionando recursos de forma equitativa, beneficiando as comunidades mais vulneráveis e menos responsáveis pelas mudanças climáticas.  

23 – Aprimoramento de acesso, controle e execução das ações relativas aos fundos municipais, em especial os da saúde, habitação, desenvolvimento urbano, saneamento, criança e adolescente, assistência social, educação e desenvolvimento social, este último relativo ao plano de desestatização, visando garantir maior transparência e controle público.

24 – Promoção da mobilidade ativa como política urbana, com ampliação do uso da bicicleta, implantação de infraestrutura cicloviária e bicicletários, conexão com o transporte público, além da ampliação e reforma de calçadas para garantir segurança e acessibilidade a todos.

25 – Redução das mortes no trânsito com ações do Plano de Segurança Viária: acalmamento de tráfego, requalificação de corredores, limites de velocidade, mais ciclovias e rotas seguras para escolas e pedestres.

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